quinta-feira, 19 de março de 2009

Comece por aqui!


Olá!

Aqui está o blog de nossa viagem a Estocolmo em março de 2009. Esperamos que gostem!

Recomendamos que comecem a leitura pelo começo e vão descendo no índice aí ao lado.

Boas leituras! E não deixem de comentar!

Valdir e Rose

P.S.: os textos em verde são do Valdir, os em azul são da Rose.
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Links importantes:

Site oficial de turismo da Suécia

Site de turismo de Estocolmo
 

Estocolmo no Wikitravel 

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Dicas para uma viagem mais tranquila:

* fazer a viagem com um sapato sem metal algum, para poder passar pela segurança sem ter que tirar o sapato...
* levar mais de uma máquina fotográfica e/ou bateria carregada...
* não trocar de hotel no meio da viagem...
* antes de despachar as malas, fazer uma última checagem para certificar-se de que as malas de bordo não têm nada que vá dar problema na segurança...
* levar esponja de banho; pode parecer piada, mas não é; procuramos que nem doidos por uma esponja e não encontramos; não sei como os suecos tomam banho...


 

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Dia 15, domingo, o dia inteiro: viagem de volta

Acordamos às 5h da manhã com o telefone tocando, era o nosso wake-up call. Sem ele eu teria dormido até às oito...

Ao fazermos o check-out, Rose comprou um pin da Fundação das Doenças do Coração em Mulheres:


Um shuttle nos levou até o aeroporto.

Quase que eu não passo pela segurança, eu estava carregando um faqueiro comigo. Só eu mesmo para entrar com um faqueiro no avião... :-)

A Rose teve que deixar na segurança o xampu que comprara ontem. Que droga!

No avião de Estocolmo para Londres eu passei fome pois não tinha mais comida vegetariana! O comissário de bordo me disse que tinha tido muito vegetariano na frente. Pode uma coisa dessas?

Em Heathrow nós almoçamos no Giraffe:

Rose disse que a qualidade da comida não era boa, mas eu estava com tanta fome que poderia ter tomado sopa de tijolo e acharia gostoso...

Uma coisa engraçada desse restaurante é que o barman e sua colega eram brasileiros, ouvimos ele dizer mais de uma vez "prá c*r*lh*"... :-)

O voo de volta foi um sacrifício, como de costume; não tem jeito de se viajar bem de avião...

A única coisa que assisti nessa viagem foi um episódio de "Everybody loves Raymond". Não sou fã da série, mas até que achei bem engraçado...



Pousamos em Montreal pouco antes das sete da noite:

Passamos pela alfândega sem grandes problemas.

Quando íamos pegar o táxi, havia uma fila imensa. O rapaz que cuidava da fila de táxi nos disse que uma limusine para o centro da cidade custaria Can$ 50 enquanto o táxi ficava por Can$ 38. Não pensei duas vezes, fomos pegar a limusine, pois não havia fila alguma.

A tal limusine não era bem uma limusine, só um carro de luxo. Mas foi bom voltar com conforto para casa; e sem ter que esperar, o que é o melhor!...

Depois de uma viagem cansativa e enfadonha (além de viajar apertado no avião, passar pelas alfândegas é umas das experiências mais irritantes que existem: agora a gente tem que tirar os sapatos e o casaco, enfiar os frascos com líquidos num saquinho, ficar com o passaporte em punho o tempo todo, ser revistado, etc...), Valdir nos deu um presente inesperado: pegamos uma limousine e fomos pra casa. Chegamos em menos de meia hora, com todo o conforto e nenhum estresse. A outra alegria foi ver as crianças bem e a casa de pé. Tudo tinha dado mais do que certo. Que viagem!

Dia 14, sabado à noite: Show!

Depois de jantarmos num restaurante no shopping do Globen, voltamos à arena.

Na entrada nos informaram que teríamos que deixar os casacos no vestiário, pois íamos aparecer na televisão! Uau!

Às sete da noite começou o pré-show, com uma banda tocando medleys de músicas do Melodifestivalen e do Eurovision também. Foi muito legal.

Às oito da noite começou o show de verdade. E que show! Nós estávamos a poucos metros do palco, não tinha ninguém na nossa frente, dava para ver muito bem.

O show foi ótimo, teve várias coisinhas a mais do que no ensaio. É realmente uma pena que a máquina fotográfica não estivesse mais funcionando, eu teria tirado um montão de fotos! Oh well...

Bem, após a apresentação das músicas veio a pontuação. Foi bem emocionante. Minha favorita (Molly Sandén, na foto acima), infelizmente ficou em último.

E ao final ganhou uma música que eu não estava esperando, é quase uma ópera. E é cantada em inglês e em francês! Vamos ver se funciona no Eurovision... A vencedora foi Malena:



Por incrível que pareça, o show de verdade foi melhor do que o ensaio. Eles acrescentaram fogos, jatos de fumaça e uma chuva de papel laminado picado. Um barato! Eu me diverti à beça: cantei a plenos pulmões os refrões das músicas que me agradaram mais, dancei ao ritmo das canções mais agitadas e me emocionei com a campeã, que vai representar muito bem a Suécia no Eurovision.

Depois de assistir ao show, ficou patente pra mim que os Melodiefestivalen mais recentes não passam de um programa bem produzido pra mostrar uma série de cantores suecos imitando os cantores que fazem grande sucesso no mundo todo. Por exemplo, a Agnès equivale à Nora Jones; a Sara, à Céline Dion; o grupo H.E.A.T., ao Bon Jovi, a Emilia é a Mariah Carey deles. E eles ainda cantam em inglês. Raríssimas são as músicas cantadas em sueco, uma pena. Mas é diversão garantida pras massas. Ma mangia que te fa bene!

Falando em italiano, em Estocolmo, Valdir e eu comemos muito bem nos restaurantes, mas só pratos italianos: o risotto e o torteloni que experimentamos são inesquecíveis. Só de pensar me dá água na boca. Eu quero voltar pra Suécia!!!!

Dia 14, sabado à tarde: Ensaio!

À tarde nós assistimos ao ensaio geral do Melodifestivalen. Estávamos sentados longe, praticamente tínhamos que assistir pelo telão. Mas foi muito legal mesmo assim.

Saímos depois da apresentação das músicas, não ficamos para a parte dos pontos pois era só treino mesmo, não valia nada.

Gente, eu tinha esquecido como era legal assistir um programa de tevê por trás das câmeras. É um outro programa! Não há cortes, não há edição, você só tem um ângulo, mas vê tudo o que se passa. O ensaio foi ótimo, sem erros, todos os cantores, músicos e dançarinos fizeram o que tinham que fazer e, juntamente com os organizadores, mostraram pro público que, em matéria de entretenimento, não perdem pra ninguém: muitos efeitos especiais, muitos jogos de luzes, muita coreaografia bem ensaiada, muitos figurinos bonitos, muito ventilador para esvoaçar o cabelo das cantoras. É um espetáculo pra não se botar defeito!

quarta-feira, 18 de março de 2009

Dia 14, sábado no final da manhã: por que a gente está indo para a bilheteria?

Chegamos pouco antes do meio-dia no Globen, eu estava maravilhado com o lugar, ia olhando tudo ao meu redor. Rose viu o cartaz indicando onde ficava a bilheteria e me levou para lá.


Entramos na curta fila que havia (só duas pessoas na nossa frente). Eu perguntei "Por que estamos na fila da bilheteria?" e Rose me disse que era para comprar os bilhetes para o show da noite! Eu falei que era perda de tempo, de jeito nenhum haveria bilhetes disponíveis poucas horas antes do show. Disse que o rapaz da bilheteria iria rir da nossa cara quando perguntássemos... Mas ficamos na fila, de qualquer maneira.

Quando fomos conversar com o rapaz, ele não riu! Mas disse que havia dois lugares em separado na seção B, diametralmente oposta ao palco. Mas ele acrescentou que se comprássemos aqueles bilhetes, poderíamos voltar mais tarde para tentar trocá-los por outros melhores, se houvesse.

Pois bem, aceitei comprar os bilhetes. Quando íamos fazer a transação, o rapaz pediu um número de telefone, a Rose disse que em Estocolmo não tínhamos nenhum, e perguntou se serviria nosso telefone do Canadá. Bem nessa hora o rapaz conversou com seu colega de cabine e nos disse que havia boas notícias.

Ele mexeu mais em seu computador e nos mostrou que agora estavam disponíveis dois lugares no "parkett", o local que fica bem perto do palco. Eu não acreditava. Paguei o preço oficial (SEK 675 por cada bilhete) e saímos de lá com os dois bilhetes em punho.

Fomos sentar no shopping para recuperarmos da emoção toda. Eu realmente não acreditava! Bilhetes juntinho ao palco e comprados no dia mesmo da apresentação. Deve ser mais fácil ganhar na loteria! Rose disse que nós só conseguimos porque dissemos que éramos do Canadá... :-)

Um mês atrás, quando a
s entradas pro show foram colocadas à venda, Valdir estava diante do computador, às altas horas da madrugada, pronto pra comprar as ditas cujas. Eram três da manhã em Montréal, nove da manhã em Estocolmo, quando as vendas começaram. Para nosso espanto, passados alguns minutos, o site anunciou que as entradas estavam esgotadas. Valdir ficou inconsolável. Mas o pior foi ver que a maioria das entradas estavam sendo vendidas, num outro site, pelo quádruplo do preço. Valdir se negou terminanemente a pagar esse roubo a teclado armado. É por isso que o fato de comprar as entradas pro show e pagar o preço "correto" no dia do evento é uma grande façanha pra nós, pois achávamos que, se quiséssemos ver o espetáculo, teríamos que pagar o ágio dos cambistas ou sermos obrigados a assistir o show pela tevê. Felizmente, nada disso aconteceu!

Dia 14, sábado de manhã: Globen!

Nós passamos o dia no Globen!

Que experiência! A-do-rei!

Eu, que fui lá achando que ia passar um dia entediante, não imaginava quão longe da verdade estava. Passamos um dia agitadíssimo, cheio de emoções e descobertas. Quando penso que já tínhamos passado uma semana maravilhosa entre hotéis, museus, cafés e restaurantes, passar esse dia cheio de boas surpresas no Globen foi uma overdose de alegria. Foi simplesmente demais.

Dia 13, sexta no final da tarde: Knulp

Rose já comprara dois pares de sapato da loja Knulp no começo da semana e desta vez foi lá para comprar uma bolsa.


Descobrimos que eles fazem parte da rede de lojas sem impostos. Voltamos para o hotel, pegamos nosso recibo do começo da semana e voltamos para a loja para pegarmos o papel oficial para podermos receber o reembolso. Foi uma correria! :-)

Essa loja me deixou louquinha da silva! Tal uma criança, eu me senti dentro de uma doceria. Qual doce escolher? O que experimentar? Que duro escolher porque eu queria tudo! De todos os modelos e cores! Sapatos e bolsas de couro, tudo da maior qualidade. Os precinhos não eram nada camaradas, mas relevei esse fato e me esbaldei um pouco. Resultado do massacre: um tamanco sueco, uma bota de cano alto dinamarquesa e uma bolsa desbundante. Não vejo a hora de estrear minhas novas aquisições.

Dia 13, sexta à tarde: café do museu de arquitetura

Almoçamos no café do museu de arquitetura. Foi uma delícia e a vista era imperdível.



Num livrinho pra turistas que peguei na loja NK, havia uma lista das dez atrações turísticas imperdíveis em Estocolmo. Uma delas era ir ao restaurante do Museu Moderna, que compreende o museu de arquitetura. A vista desse restaurante é muito bonita: o lago, os barcos, alguns pássaros e as imponentes construções antigas margeando o outro lado do lago. É delirante. E, por coincidência, os dez minutos de sol a que tivemos direito durante toda a nossa viagem por terras nórdicas foram passados ali. Valdir e eu apreciando essa bela paisagem ensolarada, bebericando um vinho e já fazendo planos pra voltar. O que mais poderíamos querer da vida?

Dia 13, sexta à tarde: museu de arquitetura

Na tarde da sexta visitamos o museu de arquitetura, o último item em nossa lista cultural.


É um grande galpão com muitas maquetes de prédios feitos por arquitetos suecos (e de outros países nórdicos).



Eu vi tanta coisa realmente interessante nesse museu que eu precisaria escrever uma tese, não um post mixuruca destes. Eles mostram as primeiras moradias encontradas na Suécia, ou melhor as ruínas delas, e vão mostrando a transformação que as casas foram sofrendo até chegarmos aos arranha-céus de hoje. Sou uma pessoa fissurada em sequências cronológicas... Há também uma sessão em que mostram a evolução dos apartamentos na Suécia, desde os anos 50 até os nossos dias. Demais! Pode-se dizer que estamos morando melhor agora, com mais espaço e menos pessoas por metro quadrado. E a ala do museu que mostra as maquetes das pontes que nunca saíram do papel? Uma coisa de doido! Uma ponte mais grandiosa que a outra. Todo esse esplendor e formosura foram um gentil oferecimento da Embaixada da Noruega, visto que um arquiteto norueguês famosíssimo estava sendo homenageado com uma bela exposição de seus trabalhos lá.

Dia 13, sexta de manhã: museu de arte moderna

Nosso cartão de Estocolmo só valia até às 11h da sexta-feira, nós aproveitamos para ir ao museu de arte moderna. Chegando lá vimos que no mesmo prédio ficava também o museu de arquitetura. Compramos as entradas para os dois antes das 11h e pudemos passar a manhã e começo da tarde lá. Puxa, usamos o cartão de Estocolmo até o osso! :-)


Arte moderna não é a nossa preferida, tem muita coisa doida sendo passada como arte nesses dias que correm, mas nós gostamos muito da exposição de fotos do fotógrafo alemão Andreas Gursky:


Taí outro museu a ser visitado várias vezes. Uma coleção de quadros e esculturas importantíssimos. Por causa das visitas guiadas que fizemos munidos dos aparelhinhos e fones de ouvidos, pude entender melhor certos quadros e alguns artistas. Por exemplo, nunca vou me esquecer das duas sandálias de meio salto, emborcadas, parecendo um frango assado. A artista olhou pros seus sapatos no guarda-roupa e "viu", por alguns segundos, uma ave. "Os olhos e a mente não concordavam com o que viam". Adorei esse comentário da narradora.

Dia 12, quinta à tarde/noite: museu nacional


Nossa próxima parada foi o museu nacional.


Este museu tem uma grande coleção de obras de arte (pinturas, principalmente, mas também esculturas, porcelanas e outros).

Na lojinha do museu compramos um faqueiro de design sueco:



Valdir esqueceu de mencionar que esse museu tem uma exposição permanente de objetos de design moderno. A coisa mais espetacular do mundo (deu pra perceber que eu gosto de design moderno, né?)! Eu fiquei sem palavras diante de tanta coisa inteligente e interessante que os designers conseguiram produzir. Cadeiras, isqueiros, vasos, maletas, talheres para serviço de bordo, tudo, tudo, tudo, pensado e repensado pra ser o mais ergonômico possível e ter um visual pra lá de inovador, original e contemporâneo. Acabamos de ver as exposições e fomos à indefectível lojinha do museu "só pra ver". Bem, saímos de lá com um faqueiro concebido por um designer sueco renomado e premiado. E eu fiquei mais feliz ainda porque o dito cujo estava em rea ("promoção": duzentas coroas a menos!). Que alegria!

Dia 12, quinta à tarde: museu Nobel

Voltamos ao museu Nobel, que havíamos visitado no dia anterior.


Rose havia comentado com a funcionária ao sairmos no dia anterior que não tivéramos tempo de ver tudo e a funcionária nos deu dois bilhetes extras para voltarmos! Yay!

Felizmente, pudemos encaixar em nossa ocupadíssima agenda uma outra visita ao Museu Nobel. Dessa vez, vimos e escutamos com toda a calma as explicações da exposição sobre o Darwin. Vimos também mais alguns filmes sobre as universidades que produzem mais recipiendários do prêmio Nobel. Quantos homens e mulheres dedicados de corpo e alma à Química, à Medicina, à Literatura, à Física, à Paz e à Economia. Faço uma reverência a todos!

Dia 12, quinta à tarde: museu da música

Nossa próxima parada foi no museu da música:


Esse museu é muito legal pois a gente pode tocar nos instrumentos! Eu toquei um pouco num teremim, foi muito engraçado!


Rose não gostou do som que o aparelho produz... :-)

Em todos os instrumentos em que pude botar as mãos, toquei a singela canção que começava assim: "Havia um pastorzinho que andava a pastorar". Mesmo depois de passar mais de uma década sem tocar isso, toquei todas as notas direitinho. É a minha memória musical falando mais alto... Nesse museu, realizei um sonho: toquei instrumentos que nunca sonhei em sequer chegar perto. O único inconveniente é que todas as outras pessoas também estão pondo pra fora o músico que existe dentro delas e o resultado é uma cacofonia ensurdecedora e insuportável. Nós passamos muito pouco tempo lá.

Dia 12, quinta de manhã: museu da guerra


Fomos até o museu da guerra. Esse era especialmente para mim, me interesso pelo assunto. Rose foi junto comigo mas não é tão fã do tema.

Na entrada do museu tirei esta foto:


Assim que tirei-a, a máquina "morreu". Portanto o resto das imagens que aparecem neste blog são de outras fontes (a maioria da fundação WikiMedia).

Chegamos lá 10h55. O museu abriria cinco minutos depois. Às onze em ponto, o sino de uma igreja próxima começa a tocar e as portas do museu abrem automaticamente. Parecia um filme. Lá dentro, o de sempre: tanques, rifles, uniformes, e as atrocidades da guerra. Deprimente. Porém, dessa visita, vou me lembrar sempre da exposição sobre um agente secreto sueco que foi infiltrado na Alemanha pra salvar os judeus. Ele conseguiu retirar vinte e três mil pessoas. Um feito! Ah! E uma informação, da qual você, com certeza, não precisa saber, mas como eu me lembrei vou deixar aqui pra posteridade: as mulheres suecas puderam entrar para as forças armadas no ano de 1981. Quanto saber! Quanta cultura! Eu não me aguento de tanta sabedoria acumulada... ;-)

terça-feira, 17 de março de 2009

Dia 12, quinta de manhã: Stureplan

Antes de sair de Montreal para visitar Estocolmo eu li um bocado a respeito da cidade para me informar do que esperar encontrar por lá. Uma das coisas interessantes que eu queria ver era o Stureplan, um grande cogumelo de concreto. Quando cheguei lá, não era tudo isso...


Aproveitei e tirei uma outra foto da região:


Essa região tem umas lojas de roupas e objetos de decoração maravilhosas! Adorei visitar essa parte de Estocolmo. Mas o sol deu as caras? Necas de pitibiribas...

Dia 11, quarta à noite: comprei CDs em sueco!

Eu e Rose já havíamos rodado um bocado pela cidade e não tínhamos visto nenhuma loja de CDs. Bem estranho... Perguntei na recepção do hotel e me disseram para ir à Megastore do T-Centralen.

Finalmente eu pude realizar meu sonho de comprar CDs de músicas pop suecas. No Canadá jamais encontraria qualquer coisa nesse sentido.

Os preços estavam um pouco salgados, mas isso é normal, tudo parece ser mais caro em Estocolmo...

Nessa loja, voltei a constatar que Valdir não tem paciência para fazer compras, nem que as compras sejam pra ele mesmo! Ele entrou num pé e saiu noutro com quatro CD's debaixo do braço. Eu nem tive tempo de visitar a loja direito. Porém, enquanto o pé de vento estava pagando suas novas aquisições, pude testemunhar como a música popular brasileira é bem aceita aqui. Enquanto os cantores europeus e sul-americanos dividiam o mesmo stand, os músicos brasileiros tinham um stand só pra eles e muito bem posicionado. Só perdiam pros cantores americanos. Gostei de ver!

Dia 11, quarta à noite: museu dos correios

Encerramos nosso dia indo ao museu dos correios. O símbolo dos correios na Suécia é uma cornetinha. A explicação é que há muitos, muitos anos, os carteiros anunciavam sua chegada tocando uma corneta.

Eis aqui a Rose em frente há uma montagem que demonstra isso. Preste atenção ao carteiro que está chegando e vem tocando sua corneta.


Quero deixar registrado aqui que estou fazendo cara de séria nessa foto porque Valdir tinha acabado de me lembrar de que era proibido tirar foto no museu. Eu estava tão afoita pra tirar uma foto com o carteiro-corneteiro que me esqueci da regra. Mas tirei assim mesmo...

Dia 11, quarta à tarde: museu Nobel

Fizemos em seguida uma visita ao museu Nobel. É pequeno, mas muito interessante. Eis aqui uma imagem de um monumento que fica em frente ao museu:


Aqui vemos a entrada do museu Nobel:


E aqui a parte de cima da fachada do museu:



Museu magnífico! Saímos correndo do Palácio e viemos diretamente pra ele. A visita guiada já tinha começado, perdemos apenas cinco minutos. A guia, muito competente e simpática, soube passar de maneira bem interessante os fatos relevantes da vida de Alfred Nobel. Pena que o museu fechou antes de acabarmos de ver tudo o que queríamos lá. Quando devolvemos os fones de ouvido pra recepcionista, ela nos perguntou se tínhamos gostado da visita. Eu disse que sim, mas que não tínhamos visto tudo. Ela, na hora, nos deu duas entradas pra voltar lá num outro dia. Outro presente inesperado.

Dia 11, quarta à tarde: visita guiada ao palácio real e ao tesouro

Visitamos o palácio real e o tesouro, fizemos visitas guiadas em ambos, foi muito interessante. Infelizmente não se pode tirar fotos dentro do palácio.


O guia deu uma explicação bem clara: o Palácio Real não é um museu, é uma residência. Os atuais reis vivem lá normalmente e permitem que sua morada seja aberta à visitação pública quando se ausentam. No dia em que Valdir e eu fomos lá, pudemos visitar dois salões e os aposentos reais. Porém, não tivemos acesso ao andar superior, que estava sendo preparado para receber os convidados de um jantar de gala. Mesmo assim, saímos de lá jubilantes com a nossa sorte: se tivéssemos deixado pra ver o Palácio no dia seguinte, teríamos dado com a cara na porta, pois tudo estaria fechado ao público. Motivo: os reis iriam receber os novos embaixadores em casa.

O Museu do Tesouro foi outra surpresa: eu não esperava ver tanta riqueza! Coroas e mais coroas de ouro, cravejadas de esmeraldas e diamantes, apinhadas de detalhes e símbolos. E pesadas pra burro! A guia não tinha muita didática, falava tudo aos trombolhões sem seguir uma linha de raciocínio. Mas eu consegui apreender que, ao ser coroado, o rei ou a rainha recebe: a coroa, que lhe confere sua posição de autoridade suprema, uma espada, que serve para lembrá-lo(la) que ele/ela deve lutar pelo seu povo, um cetro, que lhe confere poderes para julgar qualquer pessoa. Como se diz em "québécois": "Je suis allée dormir moins niaiseuse" (tradução literal: "fui dormir menos ignorante").

Dia 11, quarta ao meio-dia: troca da guarda no palácio real

Eu assisti a troca da guarda do palácio real:



E a Rose? Onde estava? Escondida na lojinha do palácio! Por causa do frio... :-)

Nesse dia especificamente, o frio estava intenso demais pro meu gosto. Quando o apresentador disse que a troca da guarda iria começar em cinco minutos, eu não pestanejei: disse tchau pro Valdir e me enfurnei na loja do Palácio Real. Passei meia hora lá no maior deleite, apreciando coisas lindas de morrer, mas inacessíveis ao meu bolso. O bom mesmo foi assistir uma parte da troca da guarda pela janela, aproveitando a temperatura agradável do recinto.

Dia 11, quarta de manhã: museu da moeda

Na quarta-feira iríamos passar o dia em Gamla Stan (a cidade velha), tínhamos vários museus a visitar. O primeiro deles foi o museu da moeda. Eis aqui eu no metrô, indo para Gamla Stan:


E aqui começa nossa terceira visita à Gamla Stan! Desse jeito, vamos conhecer a região como a palma da nossa mão. ;-)


As ruas em Gamla Stan são realmente estreitas:

É impressionante como as ruelas e os prédios antigos são bem conservados.

Uma imagem da praça onde fica o museu da moeda:


Por essa praça, os carros também passam e os motoristas não respeitam muito os pedestres, não. A gente tem que ficar esperto, se não eles passam por cima...

E aqui o museu da moeda:

Dois ou três prédios mais para baixo desse museu fica uma livraria ótima, da qual já falamos num post anterior. Vale a pena a visita! Foi lá que eu comprei um livro de uma grande escritora sueca traduzido em francês. Não vejo a hora de começar a lê-lo. Quem sabe, no verão...

E mais de perto:

No grande cartaz, o museu anuncia sua grande atração: a exposição da maior moeda do mundo, de origem sueca e que pesa 19 kg! Valdir fez questão de vir a esse museu só pra ver e tentar levantar o tal metal.

Eu dentro do museu, perto de um quadro de notas do mundo inteiro:

Visitar museus da moeda não é meu programa preferido, mas Valdir adora. Então, vim apenas acompanhá-lo. Mas devo dizer que adorei ver todas as moedas usadas na Suécia desde priscas eras e, principalmente, as vitrinas com medalhões que são dados como prêmios a pessoas que se destacam na sociedade. Alguns eram verdadeiras obras de arte do design moderno. Adorei!

Venci o desafio, consegui levantar a moeda mais pesada do mundo!


Pronto! Taí o Valdir todo feliz por ter superado o desafio de levantar a moeda mais pesada do mundo. Que proeza! Que vigor! Palmas!

Agora, as perguntas que não querem calar : quem teve a idéia de fazer um negócio desse tamanho? Será que o feliz proprietário dessa moeda tinha um porta-moedas condizente? Se ele quisesse comprar só um chiclete, o padeiro dava o troco?

Dia 10, terça no comecinho da noite: Sergels Torg

A praça Sergel é um ponto marcante de Estocolmo, com seu enorme pilar. Rose já falou que temos que voltar lá no verão para vermos o local com as fontes funcionando.


Outro exemplo de construção imponente. Eu não parei de dizer essa palavra o dia todo. E também não parei de dizer pro Valdir: "Se eu estivesse que voltar pra casa hoje, eu já estaria feliz". E olha que ainda faltavam cinco dias antes de pegar o avião. Ainda tinha muita coisa pra acontecer...

Dia 10, terça já no final da tarde: Liljevalchs konsthall

Já no final da tarde visitamos o Liljevalchs konsthall, uma galeria de arte moderna:


Arte moderna não é bem exatamente a nossa preferida, não gostamos muito da exposição. O melhor desse pequeno museu foi o café, onde comemos uns bolinhos muito gostosos... :-)

Desse museu, vou lembrar que tomei um cappuccino maravilhoso e que comi duas iguarias da cozinha sueca: um biscoito de laranja que derretia na ponta da língua e um bolo com noz moscada bem fofinho e bem úmido. Uma delícia! Outra coisa que deve ficar registrada é que "a lanchonete" ficava numa das salas de exposição e que, enquanto degustávamos nosso lanche, observávamos os objetos de arte expostos: quadros, esculturas, fotos, desenhos, colagens, etc. Um deslumbre!

Dia 10, terça à tarde: Museu Nórdico

Fomos ao museu nórdico, um prédio que parece um palácio. Logo na entrada tem uma estátua enorme do primeiro rei da dinastia Vasa:




Sim, é ele mesmo: o Vasa, cujo nome foi usado pra batizar o mega super hiper navio que afundou novinho em folha... Mas olha como o moço é imponente! E o nome desse lugar é "Nordiska Museet".


Rose gosta de design:



Esse museu conserva uma bela coleção de objetos e acessórios utilisados pelos suecos durante boa parte de sua história. E claro que minha parte preferida foi ver os objetos dos grandes designers suecos da nossa era. Babei de montão!

Rose prestando atenção na explicação em seu fone de ouvido:



Que exposição instrutiva e interessante!

O saguão principal do museu (é enorme!):



Tudo aqui é muito imponente, igual àquele senhor Vasa lá da frente do museu... Eis aqui outro lugar de tirar o fôlego.

E tome exposição!



O idealizador desse museu tinha um único objetivo: reunir tudo o que já foi produzido nos países nórdicos a fim de que fossem conservados para a posteridade. Ele não queria que a cultura nórdica desaparecesse. Ele não tinha muito dinheiro, mas tinha uma máxima genial: "Se eu for esperar ter dinheiro para fazer o que quero, eu nunca farei nada".

Por causa desta vitrine e da explicação que ouvimos em nossos fones de ouvido, Rose decidiu fazer um "chá sueco" em casa:



Adorei essa idéia do chá sueco. Vou fazer um lá em casa. Só falta eu comprar umas belas xícaras. Vou preparar dois tipos de bolos, dois tipos de pães doces e dois tipos de biscoitos, como manda o figurino. Se o chá tem menos iguarias que isso, quer dizer que a anfitriã não tem muitas posses. Além disso, as convidadas eram servidas de acordo com uma regra pré-estabelecida: as mulheres mais velhas primeiro, caso fossem casadas. Ah, e a outra regra de boas maneiras era hilária: a convidada só podia aceitar o biscoito depois que a serviçal lhe tivesse servido pela terceira vez. Se você pegasse na segunda era falta de educação! Ahahaha! Eu achei demais! Lá em casa não vai ter nada disso!